Existem duas medidas que podem salvar a sua viagem internacional
de imprevistos relacionados à saúde. Afinal, assim como no seu dia a dia
no Brasil, também nas férias você nunca sabe quando pegará uma gripe
forte, torcerá o tornozelo ou comerá algo estragado. A primeira delas é
fazer um seguro de saúde para viagem, a outra é levar uma ‘farmacinha’
com uma pequena quantidade de medicamentos básicos que costumamos ter em
casa. Além disso, às vezes o corpo exige uso de alguma medicação
continuamente, como em casos de pressão alta, diabetes e dores na
coluna, por exemplo. Nestes casos, ter medicamentos na bagagem é não
apenas prevenção, mas uma necessidade. Mas, para isso, é preciso seguir
algumas regras. Saiba como levar remédios em viagem internacional.
Um cuidado importante é não despachar medicamentos essenciais, pois
sua bagagem pode se extraviar e você vai acabar sem eles em um país
estrangeiro, onde as regras para compra podem exigir receita de um
médico local, no qual você terá que marcar e pagar uma consulta. Para
evitar que isso ocorra, carregue seus remédios na bagagem de mão. Os
controlados – tarjas vermelha e preta – precisam estar acompanhados de
receita médica onde conste o nome do passageiro e o carimbo do médico.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) orienta o passageiro a
apresentar tudo aos fiscais no momento da inspeção de segurança – a
passagem pelo raio-x. Recomenda também que os remédios sejam mantidos
fechados em suas embalagens originais, a não ser que seja necessário o
uso durante o voo. Lembre-se ainda de adquirir medicamentos em
quantidade suficiente para toda sua estadia fora do país e alguma sobra,
para o caso de perder ou esquecer uma cartela ou frasco durante o
trajeto.
Como levar remédios em viagem internacional – Doenças crônicas
Passageiros diabéticos podem levar insulina e outros líquidos
necessários, como sucos especiais para alimentação, na bagagem de mão,
mas apenas na dose necessária para o consumo durante a viagem e
acompanhados da prescrição médica que especifique a quantidade
autorizada. O mesmo se aplica a quem faz uso de medicamentos injetáveis.
Neste caso, as agulhas devem estar acondicionadas em embalagens
lacradas e serem apresentadas aos fiscais de segurança do embarque junto
com a receita, pois não são permitidos objetos perfuro-cortantes a
bordo.
Outro objeto ligado à saúde normalmente proibido dentro de aeronaves é
o cilindro de oxigênio. Passageiros que necessitarem do uso de um
durante o voo devem comunicar o fato à companhia aérea e solicitar
assistência especial pelo menos 72 horas antes do embarque. O passageiro
deve ainda apresentar documentos médicos que provem que ele não pode
viajar sem o cilindro, podendo ser utilizado o formulário de informações
médicas (MEDIF) fornecido pela própria empresa operadora do voo.
Se você vai viajar com medicamentos que precisam ser mantidos
refrigerados, também deve contatar a companhia aérea e solicitar
assistência especial pelo menos 72 horas antes do embarque. Na maioria
dos casos não é permitido embarcar com gelo na aeronave, mas as empresas
oferecem um compartimento refrigerado do avião para acondicionar os
remédios.
Como levar remédios em viagem internacional – ‘Farmacinha’
A sua ‘farmacinha’ de medicamentos básicos não precisa de receita,
mas deve respeitar o limite de 100 ml por frasco no caso dos líquidos
levados em bagagem de mão. Eles devem ser colocados em uma embalagem
plástica transparente vedada de até 20 cm X 20 cm, assim como todos os
demais líquidos, cremes, pastas, sprays e aerosóis de qualquer tipo que
você não for despachar. O total não pode exceder 1 litro.
Para evitar problemas na chegada a outros países, peça também ao seu
médico uma versão da receita em inglês, tanto para medicamentos
controlados como para os livres que forem carregados em grandes
quantidades, como no caso de viagens longas. Peça ao seu médico para
explicar que você ficará fora por ‘x’ tempo e, por isso, necessita tal
quantidade de medicação.
Isto não é uma norma de como levar remédios em viagem internacional,
mas uma boa forma de precaução. Para ter 100% de segurança de que não
haverá problemas no desembarque, a Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) orienta o passageiro a consultar a embaixada ou
consulado do país de destino para saber de ele restringe a entrada de
algum tipo ou quantidade de medicamento estrangeiro.
Já levar medicamentos na bagagem despachada é muito simples – apesar
do risco de dano ou perda -, não existindo nenhum tipo de restrição na
legislação aeronáutica brasileira.
Como levar remédios em viagem internacional – Não pode faltar
O que recomendamos levar em qualquer viagem, seja de longa ou curta
duração, dentro ou fora do país, é: remédio para dor de garganta, gripe,
diarreia, dor de estômago, má digestão, enjoo, dor de cabeça, febre e
cólicas. Ter um termômetro à mão também é essencial. Demos a Volta ao
Mundo durante 14 meses e garantimos que saber como levar remédios em
viagem internacional e ter esses medicamentos básicos por perto – sempre
acompanhados de uma receitinha precavida em inglês – salvou muitos dias
da nossa viagem que seriam perdidos com doenças leves!
Fonte: http://www.escolhaviajar.com/como-levar-remedios-em-viagem-internacional/